A APOTEOSIS DE UM CALHAU POIS AS ESTÁTUAS TAMBÉM MORREM

Preliminares:

As expressões e os nomes utilizados para as figuras femininas e masculinas provêm
de expressões portuguesas idiomáticas coloquiais que retratam características de entidades
 construídas historicamente  e outras oralmente. Muitas vezes utilizadas pejorativamente ou
 humoristicamente, mas com grandes conotações negativas em termos de género ou
herança social. Aqui pretendo retratar essas personagens do povo como deuses animistas pré-agrícolas de
 pedra e cal e a ferro e fogo. Calhaus deusificados/as ou seja deificados por apoteosis.
E igualmente contar a história da pedra...do chão, pois segundo diz um bom amigo..."o primeiro
acto de amor foi o Big Bang". Pois de facto, nós e o espetrum do cosmos somos feitos dos mesmos
 elementos, nada mais que pó de calhau de estrela em movimentação entrópica.



Apoteosis



O Mapa Astral de um Calhau



O Calhau



Os Calhaus




O Segredo da Lesma





Arrear o Calhau




A Sopa da Pedra



Linguagem Pré-Agricola




O Mata Bicho




A Besta



O Aquele que trabalha muito e com muito sacrifício



O Pingareiro



O Chuleco


Os Tranglomangos


 

A Nau Catrineta e o síndroma de Ulisses



A Aquela que dá muito e com muito sacrifício



A Maria das Dores



A Nheira

 

A Alcoviteira



A Beata


A Madragôa




A Nossa Senhora da Asneira




As Estátuas também morrem.


A Cantaria é a pedra talhada de forma a construir sólidos geométricos, normalmente paralelepípedos, para a utilização na construção de edifícios, esculturas ou de muros e calçadas. Os profissionais que talham a pedra denominam-se Canteiros/as.

MASTERCLASS SCÁLABIS PRINTSHOP

A construção do Prazer e a Reportagem do silêncio

































Obrigado ao maestro Mário José Ribeiro da Tipografia Scálabis 
Scálabis- Santarém


E

PORQUE SOMOS SCALABITANOS


Hoje vou contar-vos a origem do nome de Scalabis, que deu origem ao nome escalabitanos ou scalabitanos, com que os naturais de Santarém, são também conhecidos a par do nome de santarenos.

Conta-se que muito antes dos romanos chegaram á Península Ibérica, havia um lindo reino nesta região banhada pelo rio Tejo, de campos floridos e florestas frondosas, cujo rei se chamava Gorgoris.

Os seus habitantes dedicavam-se á caça e á agricultura e o seu rei que também era conhecido por Melícola, dedicava-se á produção de mel, cujo segredo lhe tinha sido ensinado pelos deuses, pelo que de todas as terras mesmo distantes vinham pessoas atraídas pela fama de Melícola e das suas abelhas.

Um dia uma grande armada comandada pelo herói grego Ulisses subiu o Tejo, em busca de mel, e ancorou em frente ás belas praias onde a princesa Calipso, filha de Melícola, passeava com as suas amigas.

Atraído pela beleza da bela princesa Ulisses esqueceu-se da sua missão e ficou por ali passeando e namorando com a bela princesa pelas florestas e campos daquele reino encantado.

Mas uns caçadores viram-nos e foram dizer ao rei o que se passava, que zangado por saber que Calipso tinha um estrangeiro como namorado, mandou os seus soldados expulsaram os gregos.

Só que Calipso estava grávida e ficou muito triste e desgostosa com a atitude de seu pai. Quando o seu filho nasceu, deu-lhe o nome de Abidis e verificou que ele tinha um sinal de nascença num braço com o desenho de uma rosa vermelha.

Mas o rei mandou que colocassem o bebé numa cesta de vime e fosse atirada ao Tejo. Como a maré estava a subir do lado do mar, a cesta subiu o rio e encalhou numa praia junto a um prado onde uma manada de veados pastava. Uma corça aproximou-se e começou a amamentar o bebé, que assim foi criado pelos animais do bosque e foi crescendo e vivendo na floresta, até ser um jovem bonito e forte.

Vinte anos se tinham entretanto passado e o velho rei estava doente e á beira da morte sem ter um herdeiro para o trono, pois Calipso nunca tinha casado e não tinha mais filhos.

Gorgoris andava desesperado e Calipso que nunca tinha recuperado do desgosto, andava muito doente, quando vieram dizer-lhe que um belo jovem vivia na floresta com os animais selvagens.

O rei mandou que o fossem buscar, e Calipso reconheceu nele o seu filho Abidis, pela marca da rosa no seu braço e muito feliz abraçou-o chorando. Então o velho Melícola arrependido, pediu perdão á sua filha e neto e nomeou-o herdeiro do trono.

Reconhecido aos animais que o tinham criado, Abidis fundou uma cidade naquele lugar a que chamou Esca Abidis, que significa Manjar de Abidis, que foi depois chamada Scalabis e Scalabicastrum no tempo dos romanos.

Camões imortalizou esse nome nos Lusíadas, conforme podem ver na fotografia inclusa, onde em azulejo está transcrita a estrofe referente a Santarém, a velha Scalabis de Abidis, a minha cidade.


ARRAIOLOS NO CALHAU: intervensão textil no espaço natural


INTERVENÇÃO GEOLOGIOGRÁFICA

-estudo dos pontos e nós tradicionais portugueses bordados em Arraiolos
-estudo geológico das formações rochosas da praia do Calhau de São Pedro de Moel
- em busca de fosseis - idade Pré.carbónica
-estudo da luz e sombra
-10x mosaicos quadrados de manta graça 10cm x 10 cm
-bordado monocromático em Lã de Arraiolos